segunda-feira, 28 de maio de 2012

TECNOSTRESS


Vivemos na era da tecnologia da informação, em que as pessoas vivem praticamente conectados durante o dia inteiro para cumpri objetivos profissionais e intenções pessoais. Porém, o excesso do uso de tecnologias como celular, computador, e tablets conectados à internet tem gerado uma doença cada vez mais comum, o “tecnostress”.



O tecnostress é uma modalidade de estresse relacionado ao uso constante das novas tecnologias, processo no qual as pessoas não conseguem desconectar. Atinge, principalmente, pessoas que ficam conferindo constantemente  mensagens de e-mail, mensagens em mídias sociais, e acesso à internet móvel por meio de laptops, celulares e tablets que permitem o acesso à rede em qualquer lugar.

A doença foi descoberta pelo psiquiatra norte-americano Craig Brod, no ano de 1984, quando conseguiu definir a patologia ao comportamento dependente das máquinas. No Brasil, o tecnostress começou a ser estudado com maior profundidade nos anos 2000. Em nosso país, segundo estudos recentes da Isma Brasil (International Stress Management Association), cerca de 70% das pessoas ficam o dia inteiro plugadas e, apesar de não demonstrarem estar doentes, correm alto risco de desenvolver a doença.

Dentre esse grupo de pessoas, 10% são executivos, profissionais que estão mais propensos a adquirir a doença. Para evitar os tecnostress é necessário seguir os seguintes passos:
  • Perceber se há algum comportamento de risco;
  • Impor limites próprios no uso das máquinas;
  • Criar regras e limites também para o uso do celular;
  • Caso não consigo se controlar sozinho, busca ajuda médica e psicológica.

Se uma pessoa fica nervosa e desequilibrada quando a máquina não funciona direito, o e-mail esperado não chega e quando a internet está fora do ar, isso pode identificar a doença. Não aceitar a imperfeição da tecnologia é um dos primeiros passos para o desenvolvimento da doença, principalmente, quando seu usuário possui veneração pela máquina e total dependência em existir e trabalhar integralmente por meio das tecnologias atuais.

Além da relação homem x máquina, o tecnostress também é detectado longe das máquinas, quando a pessoa escolhe a refeição mais rápida de comer em seu horário de almoço para retornar ao acesso tecnológico, isso quando deixam a máquina para comer e ter uma vida social normal.
Um dos níveis de alto risco da doença ocorre quando o usuário de equipamentos eletrônicos não aceitam a mensagem de erro do computador e dão murros e chutes na máquina. A melhor maneira de superar os estágios da doença é por meio de terapia ou do uso de antidepressivos. As consequências físicas do tecnostress são sudorese, náusea, vômito e diarreia. 

Segundo Larry Rosen, um dos estudiosos no assunto:
“A tecnologia é fascinante. As máquinas são rápidas e nos permitem fazer uma série de coisas até há bem pouco tempo inimagináveis. O mundo todo está a um clique no mouse do computador. Enviamos e recebemos mensagens eletrônicas de um lugar para qualquer outro. Nós nos comunicamos das mais variadas formas com as pessoas. Mas há um lado negro. Temos a impressão de que não podemos funcionar sem ela. Fazemos cada vez mais e mais coisas, estamos mais irritados do que nunca e, por incrível que pareça, nosso tempo é cada vez mais curto. Todas essas reações à tecnologia nos estressam. Chamamos essa tensão de tecnostress. É o mal da modernidade. Todas as pessoas do mundo – da criança ao velho, do executivo ao empregado – sofrem com isso, de uma maneira ou de outra.”


Fontes:

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