segunda-feira, 3 de outubro de 2011

PSICOLOGIA HOSPITALAR: A MÃE COMO ACOMPANHANTE DA CRIANÇA HOSPITALIZADA E O ATENDIMENTO DO PSICÓLOGOGO NA UTI NEONATAL.

A Psicologia Hospitalar inserida no contexto de saúde e na hospitalização infantil, tem como primórdio facilitar o estabelecimento de uma relação humana no hospital, bem como, de favorecer a relação equipe de saúde-paciente-família para que as interrelações promovam um processo de atendimento e saneamento das dificuldades que envolvem a internação infantil

O Psicólogo Hospitalar juntamente com a equipe médica e de saúde ao facilitar esta relação, permite maior entrosamento entre o paciente infantil, os procedimentos necessários para seu atendimento, e a promoção de um prognóstico mais favorável.

A mãe acompanhante é um recurso atual que aumenta a mobilização para a cura da criança hospitalizada, uma vez que, ao permanecer junto ao filho, ainda auxilia em alguns procedimentos, bem como, passa a entender melhor sobre os cuidados que deve ter com a criança e compreende os procedimentos necessários.

A ameaça de infecções foi um grande impedimento para o ingresso das mães aos berçários. O primeiro estudo a investigar a possibilidade de se permitir a entrada dos pais no berçário de prematuros foi desenvolvido por Barnett e colaboradores, em 1964, na Stanford University, Califórnia. Nesse estudo era questionado se os pais dos bebês prematuros sofriam de perda severa devido a separação de seus bebês hospitalizados. Os resultados deste e de outros trabalhos, realizados a fim de avaliar a possibilidade de que os pais trouxessem agentes patogênicos para a unidade neonatal, concluíram que a presença das mães no berçário não aumentava a ocorrência de infecções (Klaus e Kennell, 1993).

Desde então, verifica– se uma maior disposição dos serviços de assistência neonatal permitindo a participação das mães no cuidado ao filho recém-nascido internado na unidade de terapia intensiva neonatal .

Estudos mais recentes (Bell , 1992; Gomes , 1992; Klaus; Kennell, 1993; Lamy, 1995; Wereszak et al., 1997) têm mostrado que as mães ficam preocupadas com as reações de uma criança que pode ser doente para se relacionar com elas ou tão prematura que não coordene seus movimentos quando estimuladas. As mães têm seu tão esperado papel materno modificado quando são separadas do bebê e devem confiar nas informações e apoio dos funcionários da UTI neonatal para poderem participar destes cuidados. No entanto, o relacionamento com os profissionais da UTI pode se transformar numa outra fonte de estresse para as mães, quando ocorrem divergências entre as expectativas e o que elas percebem. Além disso, as mães têm sérias dúvidas com relação a sobrevivência do filho e preocupam-se com as possíveis seqüelas da doença. Como um resultado desta experiência estressante, as mães experimentaram o desgaste emocional que inclui desapontamento, culpa, tristeza e depressão, hostilidade e raiva, ansiedade, impotência, desolação e perda da auto – estima.

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