quarta-feira, 28 de setembro de 2011

BOM HUMOR NO MERCADO FAZ DÓLAR CAIR E REGISTRAR TERCEIRO RECUO SEGUIDO E VOLTAR A R$ 1,80.

SÃO PAULO - O dólar comercial registrou sua terceira queda consecutiva nessa terça-feira (27), desta vez de 0,93%. Dessa forma, a moeda terminou a sessão cotada a R$ 1,805 na venda, refletindo o bom humor do mercado nessa sessão, diante da melhora no cenário internacional. As falas de Alexandre Tombini, presidente do Banco Central e de Guido Mantega, ministro da Fazenda, também repercutiram.

Por aqui, destaque para a divulgação da Nota de Política Monetária, pelo Banco Central, que mostrou um volume total de crédito no sistema financeiro nacional na quantia de R$ 1,889 trilhão em agosto, alta de 1,7% no mês.

O presidente do BaCen afirmou nessa tarde que os efeitos da alta da divisa norte-americana frente ao real na inflação será mínimo, girando em torno de 5% em 12 meses. Tombini também afirmou, em audiência no Senado, que a piora da crise econômica internacional não surpreendeu o Copom (Comitê de Política Monetária).

Essa crise não deverá fazer com que o governo nacional adote novas medidas, como uma mudança no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), afirmou Guido Mantega. O ministro também disse que não há nenhuma nova medida sendo preparada, apenas o fortalecimento da situação fiscal nacional.

Europa

O bom humor do mercado foi constatado após a imprensa internacional noticiar que autoridades europeias consideram implantar um plano similar ao TARP (Troubled Asset Relief Program), adotado nos EUA em 2008.

Os rumores são de que os bancos poderiam trocar seus títulos de dívida soberana por outros emitidos pelo Banco de Investimento Europeu, o qual seria capitalizado pelo EFSF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira).

Além disso, o ministro de Finanças grego, Evangelos Venizelos, animou os mercados ao afirmar que a equipe de inspetores dos credores da Grécia voltará a Atenas nesta semana e que o país receberá o empréstimo de €8 bilhões que precisa para evitar a o calote no próximo mês.

Estados Unidos


Nos Estados Unidos, foi revelado o S&P/Case-Shiller Home Price, indicador dos preços das casas no país, que, nesta mediação, foi menor que o esperado pelo mercado, cujos analistas projetavam recuo de 4,5% para o período, e também inferior à última medição, que apontou uma queda de 4,52%.

Ainda na pauta econômica norte-americana foi divulgado o Consumer Confidence, índice que mede a confiançados consumidores em cerca de 5.000 lares norte-americanos, indicando 45,4 pontos em setembro, abaixo das expectativas do mercado, que indicavam 46,6 pontos.

Dólar comercial, Ptax e futuro

O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,8030 na compra e R$ 1,8050 na venda, forte baixa de 0,93% em relação ao fechamento anterior. Apesar desta queda, o dólar acumula valorização de 13,31% em setembro, frente à alta de 2,64% registrada no mês passado. No ano a valorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 8,33%.

Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em outubro segue o dia cotado a R$ 1,806, forte baixa de 0,99% em relação ao fechamento de R$ 1,824 da última segunda-feira. O contrato com vencimento em novembro, por sua vez, opera em forte baixa de 1,01%, atingindo R$ 1,819 frente à R$ 1,837 do fechamento de ontem.

Já o dólar Ptax, que referencia os contratos futuros na BM&F Bovespa, fechou cotado a R$ 1,8008 na venda, queda de 2,37%.

O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,7958000.

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